Milho

Preço do milho já subiu 60% em um ano e pode ter mais altas

No fechamento desta quinta-feira, 2, cotação do cereal em Campinas (SP) atingiu R$ 61,50, maior valor da história

grãos de milho
Foto: Renata Silva/ Embrapa Rondônia

Apesar da menor movimentação nas últimas semanas, em função da pandemia do coronavírus, quem precisou comprar milho se deparou com uma menor intenção do lado vendedor e pedidos de preços mais altos pelo cereal.

O dólar em alta, as incertezas climáticas, com a segunda safra de milho em fase de desenvolvimento, e expectativas de estoques menores nesta temporada continuam dando sustentação às cotações do cereal no mercado interno. Do lado da demanda, o consumo doméstico foi pouco afetado, já que a produção pecuária não parou em meio a conjuntura atual.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, na região de Campinas (SP), a saca de 60 quilos ficou cotada em R$ 61,50 nesta quinta-feira, 2, sem o frete, uma alta de 9,5% em relação à média do mês anterior. Na comparação com abril do ano passado, o preço do milho subiu 60,3% este ano. A cotação vigente é recorde, em valores nominais.

A expectativa da empresa é de mercado firme em curto e médio prazos e altas nos preços não estão descartadas até que se tenha uma ideia melhor do volume a ser colhido na segunda safra, que é a safra principal e cuja colheita começa em junho nas principais regiões produtoras do país.

Ou seja, até meados de maio, começo de junho, caso não haja nenhuma mudança do lado da demanda e do câmbio, o viés é de alta no mercado do milho.