Os preços do milho devem ficar firmes até o início do próximo ano. Segundo a Scot Consultoria as cotações do cereal em outubro subiram 12,1% na comparação com setembro. Atualmente a saca é vendida a R$ 31 na região de Campinas (SP) sem o frete e para entrega imediata.
De acordo com a consultoria, a sustentação do mercado continua vindo das exportações aquecidas e das incertezas acerca da produção de verão no Brasil.
Do lado das exportações, o volume médio diário embarcado foi de 266,46 mil toneladas nas três primeiras semanas de outubro, uma queda de 9,9%, frente a média de setembro último, mas na comparação com outubro de 2016, a média diária aumentou 383,7% em outubro deste ano.
Com relação à produção, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma redução entre 6,1% e 10,1% na área de milho de verão (primeira safra) no país, frente à safra passada. Em volume, são de 5,82 milhões a 8,07 milhões de toneladas a menos.
Na B3 (antiga BM&F/Bovespa), os contratos futuros de milho com vencimento em novembro deste ano fecharam cotados em R$ 31,60 por saca nesta quinta-feira, dia 26.. Para janeiro e março de 2018 o mercado sinaliza uma saca de R$ 32,80 e R$ 33,75, respectivamente. Ou seja, uma alta de 8,8% até o final do primeiro trimestre do próximo ano.
Apesar dessa viés de alta projetado pela Scot, a expectativa de estoques maiores deverão limitar os aumentos de preços na temporada. A Conab estima 19,10 milhões de toneladas de estoques finais na safra 2016/2017 e 24,55 milhões de toneladas ao final de 2017/2018. Para uma comparação, em 2015/2016, quando os preços do milho dispararam, os estoques finais foram de 6,99 milhões de toneladas de milho.