O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) surpreendeu o mercado ao indicar números de área plantada e estoques de soja menores do que o esperado para os EUA, informa a Safras & Mercado. “Isso afeta a oferta futura e, naturalmente, impulsiona a elevação no preço de equilíbrio na Bolsa de Chicago”, diz. O ajuste só não foi maior por conta do volume armazenado ainda alto no mundo.
O analista Gil Barabach elencou uma série de fatores que merecem atenção dos produtores na próxima semana, pois têm potencial para mexer com as cotações desta commodity.
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- É importante monitorar o final do plantio norte-americano para confirmar a área total e a evolução das condições das lavouras nos EUA. Em outras palavras, o ‘mercado de clima’ ainda deve continuar dando o tom dos negócios de soja na Bolsa de Chicago;
. - Até o dia 23 de junho, apenas 85% da área total destinada à oleaginosa havia sido semeada nos EUA (100% em igual época do não passado e 97% de média);
. - Somente 54% das lavouras estavam em condições de boas/excelentes, bem abaixo da expectativa do mercado que girava em torno 59%;
. - A expectativa, agora, é de mudança no padrão climático nos EUA, com previsão de recuo na umidade e temperaturas mais alta nas próximas semanas;
. - O impasse comercial entre Estados Unidos e China segue no radar. Neste sábado, dia 29, acontece o encontro entre Donald Trump e Xi Jinping durante a cúpula do G-20. Operadores estão mais otimistas em torno de acordo, embora sinalização positivas dois dos lados não tenham significado muito coisa nos últimos meses.O conflito comercial já dura mais de um ano;
. - Tecnicamente, a posição agosto de 2019 respeita o suporte de 100 períodos e ganha força de alta na Bolsa de Chicago. O desafio positivo é vencer a resistência em US$ 9,12 por bushel. Na parte de baixo, mercado desenha um importante suporte em US$ 8,93 por bushel. Em linhas gerais, a soja busca consolidar o intervalo acima de US$ 9 por bushel, encontrando apoio em novidades fundamentais positivas;
. - O mercado físico interno deve encontrar espaço para correção positiva, e isso ajuda na consolidação do recente avanço dos preços internos. Negócios devem seguir compassados, com produtor dosando vendas e apostando em preços melhores;
. - Um acordo entre EUA e China, embora positivo para Chicago, joga contra o prêmio nos portos do Brasil. Por isso, pode ter um viés de leve alta a neutro para os preços aqui dentro. A aposta maior e na quebra da safra norte-americana.
- É importante monitorar o final do plantio norte-americano para confirmar a área total e a evolução das condições das lavouras nos EUA. Em outras palavras, o ‘mercado de clima’ ainda deve continuar dando o tom dos negócios de soja na Bolsa de Chicago;