Os preços do milho fecharam a sexta-feira em alta na Bolsa de Chicago, acumulando valorização semanal de 0,58% na posição março de 2020 e chegando aos níveis mais altos desde 5 de novembro.
Agora, de acordo com a consultoria Safras, a atenção dos investidores internacionais se volta ao relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado em 10 de janeiro.
Acompanhe abaixo outros fatores que merecem atenção do mercado de milho na semana, pois têm potencial para mexer com os preços do grão. As dicas são do analista Paulo Molinari:
- Exportações dos EUA podem começar a se recuperar com saída do Brasil das vendas externas e entressafra na argentina;
- Demanda forte nos Estados Unidos;
- Recuperação dos preços do trigo podem ajudar preços no mercado interno;
- Mercado interno em situação de acomodação de negócios, mas sem qualquer sintoma de aumento de oferta ou baixa de preços;
- Retorno do feriado será importante para medir as necessidades de compra e a intenção de venda;
- Forte preocupação com a safra do Rio Grande do Sul e Argentina devido ao dezembro com chuvas abaixo do normal;
- Nas Missões (RS), a safra de milho esta salva. Porém, a região centro-sul gaúcha tem grandes chances de problemas se as chuvas não retornarem rapidamente;
- Este novo quadro de clima pode acelerar procura pelo milho nos próximos dias na região das Missões;
- Decisão de importar ainda parece distante devido a custos;
- Tarifas na Argentina em nada interferem no mercado global e no Brasil;
- Mercado brasileiro tem agora alguma colheita no Rio grande do Sul e Santa Catarina, depois São Paulo e Minas Gerais em março e o restante do país em abril/maio;
- Clima mais seco pode antecipar o ciclo da soja e viabilizar o plantio da segunda safra em período favorável ainda.