Os contratos futuros do milho fecharam a semana com perda de 2,76%, na Bolsa de Chicago, aponta a Safras & Mercado. O vencimento maio, por exemplo, terminou o pregão de sexta-feira a R$ 3,65 por bushel. Entre os motivos responsáveis pela pressão está o avanço do coronavírus pelo mundo.
Mas o que acontecerá daqui para frente? O analista Fernando Henrique Iglesias elencou fatores com os quais o produtor deve ficar atento na semana que vem. Confira:
- Os temores relacionados ao coronavírus produziram grande impacto sobre o mercado e limitaram eventuais avanços das commodities agrícolas;
- O cenário de aversão ao risco tende a se sustentar, mantendo o dólar fortalecido, o que limita a evolução dos preços das commodities agrícolas na Bolsa de Chicago;
- A movimentação em torno do petróleo também é relevante no curto prazo, então as tensões entre Arábia Saudita e Rússia têm grande peso para a formação de tendência;
- O mercado também aguarda pelo relatório trimestral do USDA, com os primeiros números de intenção de plantio para a safra norte-americana. A expectativa é de crescimento da área de milho;
- A dinâmica para o mercado doméstico de milho pouco mudou, com a restrição de oferta ainda dominante neste primeiro trimestre;
- As dificuldades de abastecimento são visíveis em diversos estados, principalmente em São Paulo. Nesse caso, o referencial Campinas permanece posicionado entre R$ 60/61 CIF;
- Além disso, toda a instabilidade no mercado financeiro mundial afasta ainda mais os produtores da venda, mantendo a retenção como estratégia recorrente;
- A movimentação cambial resultou em alguma alta das indicações nos portos, em Santos a comprador posicionado a R$ 44 entre os meses de agosto e setembro, ainda sem grande interesse de venda nesse nível de preço.