Uma nova frente fria levou chuvas de até 50 milímetros a algumas cidades do Rio Grande do Sul, como é o caso de Santiago. Porém, grande parte das áreas de milho do Sul seguem com tempo seco. No Paraná, por exemplo, a estiagem de 20 dias e a expectativa de pouca chuva por mais sete dias comprometem o desenvolvimento do cereal de forma irreparável.
No sul de Mato Grosso do Sul, embora a umidade do solo esteja um pouco mais elevada, a tendência também é de perdas no cereal. O mesmo vale para o Triângulo Mineiro, sudoeste de Goiás e sul e oeste de Mato Grosso.
Esta semana, somente na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, a combinação de chuva e declínio acentuado da temperatura ajuda no aumento da umidade do solo e início dos trabalhos de instalação das pastagens de inverno.
As precipitações intensas acontecem apenas no leste e norte do Nordeste, noroeste de Mato Grosso (Juína) e boa parte da região Norte. No norte do Maranhão, inclusive, a persistência da chuva pode atrapalhar a colheita da soja em Chapadinha.
Por outro lado, o tempo mais seco previsto no oeste da Bahia beneficia o desenvolvimento do algodão, após um início de mês com precipitação persistente.
A chuva forte e abrangente retornará ao Sul, Centro-Oeste e São Paulo a partir de meados da semana que vem, mas chegará tarde para muitos campos de milho. De qualquer forma, a previsão é de acumulados acima de 10 milímetros em apenas dois dias.