Em Minas Gerais, a produção do milho segunda safra deve crescer 60% e as projeções iniciais apontam para 1,7 milhão de toneladas, o que preocupa os produtores, no entanto, é o preço do grão, que já caiu 23% no estado desde o início do ano.
Para o produtor rural Edson Antônio Marçon, que terminou o plantio de milho safrinha em 190 hectares, a preocupação é com a fase de pendoamento,que antecede a formação da espiga, e determina todo o desenvolvimento da produção. “ Ainda precisamos de uma boa chuva para salvar a produção ou atingir uma produção acima da média”, disse.
A área do milho segunda safra no estado vai crescer 8% e atingir 318 mil hectares, de acordo com os números da consultoria Céleres. “A grande variação disso se deve aos resultados do ano passado que foram bem ruins, quando nós tivemos quedas de 30% a 40%. Agora, a safra 16/17 é de recuperação com bons índices de produtividade, algo em torno de 105 ou 110 sacas por hectare”, disse o analista Enilson Nogueira.
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Para o produtor da região, o que preocupa é o preço do grão. Desde o início do ano, as cotações já recuaram mais de 20% na região do Triângulo Mineiro e, para piorar a situação, a tendência é de preços ainda mais baixos para os próximos meses.
“Em Uberlândia, nós nós estamos com referência de R$ 21 por saca. O ano passado foi de forte queda e tanto o mercado interno como o externo tiveram que competir por esse milho. Diante de uma safra que tende a ser melhor, os preços estão pressionados e devem se manter entre R$ 20 a R$ 22 por saca no segundo semestre de 2017”, completou Enilson.
Para o agricultor, se este patamar de preço continuar, a produção precisa ser até 30% maior do que a média histórica da região. “Esse ano não conseguimos fechar nada, pois não tivemos nem oferta de fechamento até agora. Em anos anteriores, mais de 80% da produção já estava fechada e eu acredito que, com esses preços, seria necessário 120 sacos por hectare para poder fechar a conta nesses valores”, concluiu o produtor rural Edson Maçon.
