É a modalidade com o maior número de participantes: são mais de 2 mil inscritos para competir nos três tambores. Apesar da participação de cada conjunto ser rápida, geralmente, dura menos de 20 segundos. O grande número de competidores faz as categorias de três tambores terem as provas mais longas do evento.
– No caso, nós estamos correndo a categoria exibição. Deve durar em torno de sete horas porque nós corremos em média 50 competidores por hora. Como ela tem 347 competidores, só nesta categoria são sete horas de duração – explica o presidente da Associação Brasileira de Quarto de Milha (ABQM), Marcelo Waldemarin Ferreira.
E qual será o segredo pra se dar bem numa prova tão concorrida? Abelardo Peixoto é treinador de três tambores há 36 anos. Para ele, além da fé que o acompanha em cada competição, o conjunto precisa estar bem afinado na pista.
– Não adianta ter um bom cavalo se não tiver um bom cavaleiro, e vice-versa também. Então é muito importante – conta o treinador.
As provas de três tambores vão até domingo em Avaré. As demais modalidades também seguem até o fim de semana em outras duas pistas. E para que tudo isso aconteça, a equipe de apoio não para. As pistas precisam estar sempre prontas para os competidores. Isso dá bastante trabalho para a ABQM, a responsável pelo evento.
– Nós devemos ter hoje, aqui, de 200 a 250 profissionais trabalhando nos mais variados setores. Pórem, todos estão muito interligados para a competição, para que as pistas estejam prontas. É uma loucura. É uma loucura! A gente não para. É 24 horas por dia alguém mexendo aqui para no dia seguinte estar tudo pronto – diz o diretor de esportes da ABQM, Francisco Garcia.
Tudo isso para que as estrelas possam fazer bonito, assim como fez o cavaleiro Nelson Rodrigues e o garanhão ‘Shiner Home Boy‘ que ganharam a prova de working cow horse na categoria júnior. A modalidade mistura a prova de rédeas e o trabalho com o boi.
– É a minha especialidade. Eu me dedico bastante, porque eu gosto muito da prova de boi – declara Rodrigues.