Mesmo com bienalidade positiva, a próxima safra de café no Brasil não deve superar a produção de 2018. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), poucas chuvas e excesso de calor, principalmente em Minas Gerais, prejudicaram o desenvolvimento dos grãos.
No primeiro levantamento da safra 2020 de café, a Conab sinalizou que o país deve colher entre 57 e 62 milhões de sacas do grão. Produção de 15% a 25% melhor que a de 2019, mas ainda assim abaixo do esperado para um ano de bienalidade positiva.
“Naturalmente as produtividades são melhores que do ano anterior e é isso que a gente tá apontando com os dados que tão vindo do campo. No entanto, acho que é bom dar um destaque que as condições climáticas no início da safra não foram tão favoráveis quanto lá em 2018”, afirma o superintendente de informações do agronegócio Conab, Cleverton Santana.
Com isso, a produção da variedade arábica deve ficar entre 43 e 46 milhões de sacas. Já para o Conilon, o clima tem sido um aliado principalmente em Rondônia. A colheita neste ano deve variar entre 14 e 16 milhões de sacas, uma estimativa que pode significar tanto queda de 7% na produção quanto aumento de 6,8%, no comparativo com 2019.
A projeção de colheita abaixo do potencial do café arábica deve baixar os estoques. Em contrapartida a demanda pelos grãos brasileiros segue aquecida.