O dólar fechou cotado a R$ 3,45 nesta segunda, dia 3, a pior cotação do real frente à moeda norte-americana desde 2003. A equipe da AGR Brasil acredita que, após a desvalorização de 10% do real nas duas últimas semanas, há espaço para uma possível recuperação na próxima quinzena, com a cotação se consolidando de R$ 3,20 a R$ 3,50. “A visão para médio/longo prazo ainda é de alta do dólar”, mas o real deve encontrar estabilidade entre R$ 3,10 e R$ 3,80 em 2016, diz a consultoria em relatório diário.
A AGR Brasil vê o cenário do dólar norte-americano agitado, e com pouca estabilidade no curto prazo. “O real atingiu as maiores altas dos últimos oito anos, o qual sustenta o ritmo acelerado das vendas de exportação devido ao preço atraente para compradores internacionais”, comunica. A consultoria lembra, ainda, que o PMI (indicador para a saúde econômica do setor manufatureiro de um determinado país) chinês do início de agosto caiu para 50%, o que é um pouco abaixo dos números de julho, devido à falta de evidências concretas para uma virada repentina, e otimista, no setor manufatureiro asiático.
Nesta segunda, a Bolsa de Chicago registrou queda de 3 pontos nos contratos de soja com vencimento em novembro, a US$ 9,37; milho/dezembro apresentou baixa de 3 centavos, a US$ 3,78; e trigo/setembro teve queda de 1 ponto à US$ 5,01.
Segunda ou terceira melhor safra dos EUA
O relatório de condições de safras desta tarde reflete novas melhoras para as safras de milho e soja nos Estados Unidos. No milho, apesar do percentual de safras boas/excelentes ter se mantido estável na casa dos 70% (frente a 73% na mesma época do ano passado), 1% da safra saiu de condições boas para excelentes, refletindo o recente clima favorável. A AGR BRASIL vê a safra 2015/16 nos EUA se consolidando como potencialmente a segunda ou terceira melhor da história no país. O clima durante o mês de agosto ajudará determinar isto com maior exatidão.