O Japão é um dos países com índices mais altos de desenvolvimento e é a quarta maior economia de exportação no mundo. Apesar de ter a agricultura como uma atividade milenar, no século 20 o país asiático começou a mudar a ocupação de seus habitantes, apostando com firmeza na indústria de alta tecnologia.
Após a Segunda Guerra Mundial, o governo japonês formou um sistema eficiente de interligação entre fabricantes, fornecedores e distribuidores de produtos, garantindo emprego para uma porção significativa da força de trabalho urbana. Essa estratégia fez com que, na segunda metade do século passado, as cidades crescessem com maior rapidez e a atividade agropecuária fosse sendo deixada no passado.
Por ser um arquipélago formado por milhares de ilhas montanhosas, o Japão tem poucas áreas de planície. Com isso, apenas 12% de seu território é próprio para a agricultura. Aproveitando sua proximidade com o mar, o país se tornou o segundo maior produtor de pescados do mundo, ficando atrás da China, e dono da terceira maior frota mercantil do planeta.
Atualmente, a agropecuária responde por apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB) japonês e a porção da população que vive no campo é de 8,4%. Entre os artigos mais produzidos, destacam-se arroz, peixe, legumes e aves. Dos quase US$ 7 bilhões exportados pelo país entre produtos agropecuários, cerca de US$ 1,2 bilhão é decorrente da venda de peixes congelados, frescos e vivos, além de moluscos e outros frutos do mar.
Na balança comercial com o Brasil, no entanto, os pescados japoneses representaram apenas US$ 110 mil em todo o ano de 2017. Nas remessas para nosso país, os japoneses se destacam pelo envio de sementes de produtos hortícolas, com a venda de US$ 1,03 milhão em 2017.
Por outro lado, o Brasil exportou US$ 2 bilhões em produtos para o país asiático no ano passado. Na área do agronegócio, o maior volume foi de carne de frango congelada, fresca ou refrigerada, representando US$ 343,2 milhões. Nosso país também vende para os japoneses soja e derivados, carne suína, algodão, cacau, café e até camarão.
As principais exportações do Japão para o mundo são carros (US$ 100 bilhões), circuitos integrados (US$ 33,7 bilhões), peças de veículos (US$ 33,5 bilhões), impressoras industriais (US$ 12,5 Bilhões) e navios de cruzeiro (US$ 12,5 bilhões).
No futebol
O povo japonês é apaixonado por futebol e pratica o esporte desde 1888. A primeira participação da equipe profissional em um torneio internacional foi nas Olimpíadas de 1936 e, em 1965, surgiu a primeira liga profissionalizada do país. Pouco tempo depois, em 1968, veio a primeira grande conquista da seleção dos Samurais, como são conhecidos os jogadores: uma medalha de bronze nas Olimpíadas de 1968, no México.
A primeira participação em uma Copa do Mundo ocorreu em 1998, na França. Desde então, a seleção japonesa participou de todas as competições até chegar ao mundial da Rússia. As melhores classificações foram as oitavas de final das copas de 2002, realizada no próprio Japão e na Coreia do Sul, e em 2010, na África do Sul.
Na Rússia, os Samurais aparecem com uma equipe madura e bem preparada, com jogadores com boas passagens por clubes europeus. O técnico Akira Nishino optou por levar jogadores com história na seleção e deixar de fora as principais promessas do Japão.
Keisuke Honda, de 32 anos, Shinji Kagawa, de 29, e Shinji Okazaki, de 31, encabeçam a lista dos guerreiros japoneses que tentam uma campanha inédita em mundiais. Parece que a estratégia deu certo e, nos primeiros dois jogos do mundial, o Japão conseguiu uma importante vitória sobre a Colômbia, com gols de Kagawa e Yuya Osako, e conquistou um empate contra Senegal, com gols de Inui e Honda.
Dessa maneira, o time japonês chegou à última rodada da fase de grupos com a liderança e com a classificação nas mãos. Continuando o bom desempenho, a esperança do esquadrão japonês é fazer a melhor campanha da história.