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Rússia aposta na autossuficiência alimentar e tenta se destacar no futebol

No primeira reportagem desse especial, você conhecerá a Russia: país sede do mundial e maior país em território do planeta

Fonte: Malenkova Tatyana

O Canal Rural inicia nesta com esta publicação uma série de reportagens especiais sobre os países que participam da Copa do Mundo da Fifa 2018. Por meio de reportagens especiais, você vai conhecer tudo sobre a agropecuária desses 32 países que participaram no maior evento esportivo do mundo.

No primeira reportagem, você conhece a Rússia, país sede do mundial e maior país em território do planeta. No esporte, o principal objetivo era passar da fase de grupos da Copa do Mundo, mas na agronegócio, esse país sonha voos ainda mais altos, como conquistar um lugar no protagonistmo que ainda é ocupado por Brasil e Estados Unidos.

Em busca do protagonismo

Há algumas décadas, a Rússia era uma grande importadora de alimentos, mas resolveu que era preciso virar o jogo e buscar a autossuficiência na produção agropecuária. O governo russo divulgou no início dos anos 2010 um programa estatal para o desenvolvimento agrícola, num projeto que vai ser aplicado até 2020. Entre as iniciativas, está um plano voltado para a recuperação de terras agrícolas e outro para o desenvolvimento sustentável de áreas rurais. Ainda não foi possível conquistar a total independência do mercado internacional, mas a agropecuária russa já se tornou mais tecnificada e ganhou impulso.

Hoje, o país conseguiu reduzir a importação de carne de frango por conta do aumento da produção local e tornou-se o terceiro maior produtor de trigo do mundo, atrás apenas de China e Índia, e o maior exportador do cereal. Além disso, intensificou a produção de soja, cevada e de milho, que tem ganho cada dia mais espaço, devido à demanda da produção pecuária.

A relação com a Rússia já foi mais lucrativa para o Brasil, mas, nos últimos anos, o país resolveu impor restrições a alguns produtos do país, como a carne suína, alegando razões fitossanitárias, entre outros problemas. O resultado é que, em contrapartida, agora o Brasil importa pouca coisa daquele país, com destaque para produtos florestais, um pouco de farinha, de açúcar e de produtos hortícolas. Por outro lado, enviamos soja, couro, fumo e bem menos carnes do que já exportamos um dia.

O Brasil embarcou, em 2017, apenas 495 mil toneladas de proteína animal para a Rússia, contra 945 mil toneladas de dez anos atrás. Na época, a carne bovina era a mais exportada, com 460 mil toneladas. Atualmente, o volume não passa de 160 mil toneladas.

A Rússia tem o maior território do mundo, com 17 milhões de quilômetros quadrados, e é o nono país mais populoso, com 142 milhões de habitantes. Cerca de 10% de toda a terra agricultável do planeta está em território russo. Além disso, dentro de suas fronteiras há milhares de rios e corpos d’água, fornecendo ao país um dos maiores recursos hídricos superficiais do mundo.

Do território total de 1,7 bilhão de hectares, 13,1% é agricultável, sendo que quase metade são compostas por pastagens. Já as florestas ocupam 49,4% do território russo.

Confira abaixo, o vídeo de apresentação preparado pelo governo russo para a Sial China, a maior feira de alimentos e inovação da Ásia. O conteúdo, é claro, está em russo, mas é possível ter uma ideia dos principais produtos produzidos por esse país gigante.

No futebol

A Copa de 2018 foi a primeira realizada na Rússia. Ao todo, os jogos ocorreram em 11 cidades: Moscou, São Petersburgo, Kazan, Sochi, Samara, Rostov, Níjni Novgorod, Volgogrado, Saransk, Caliningrado e Ecaterimburgo.


 O estádio Luzhniki, na capital Moscou, receberá a partida inicial e a final da Copa do Mundo

O histórico do país na competição não é dos mais impressionantes, mas na Copa de 2018 os russos emprisionaram o mundo e terminaram a competição em 8º lugar, após cair nas quartas de final para a vice-campeã Croácia.

Logo no jogo de abertura, os anfitriões aplicaram uma goleada sobre a Arábia Saudita, vencendo por 5 a 0 em Moscou. No jogo seguinte, os russos venceram o Egito da sensação Mohamed Salah por 3 a 1, garantindo a classificação. No terceiro jogo da primeira fase, os russos sofreram o primeiro revés perdendo para o Uruguai por 3 a 0.

Nas oitavas de final veio uma das partidas mais marcantes da competição. Contra a campeão mundial de 2010 Espanha, os Russos conseguiram um heroico empate e levaram a classificação na disputa dos pênaltis, quando o goleiro Igor Akinfeev se consagrou em uma atuação épica.

Após o jogo mais importante da história dos russos, o sonho do título em casa acabou com a desclassificação, também nos pênaltis, diante da Croácia.

Outras participações

Os russos participaram de apenas três copas antes de sediar o próprio mundial (1994, 2002 e 2014), sendo eliminados todas as vezes ainda na primeira fase. Nos nove jogos disputados nas três ocasiões, foram duas vitórias, seis empates e uma derrota.

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