O Brasil deverá colher uma safra de milho na temporada 2019/2020 de 104,1 milhões de toneladas, segundo a consultoria Safras & Mercado. O volume fica abaixo das 107,3 milhões de toneladas colhidas no ciclo 2018/2019. Ou seja, a queda estimada é de 3%.
Segundo Paulo Molinari, analista de mercado da empresa, a área total com o milho deverá ocupar 17,6 milhões de hectares, com recuo de 1,7% frente aos pouco mais de 18 milhões de hectares cultivados em 2018/2019. O rendimento médio das lavouras é estimado em 5,8 mil quilos por hectare, inferior aos 5,9 mil quilos obtidos na safra passada.
- Veja o que deve mexer com o mercado do milho nesta semana
- Etanol de milho consome 6% da produção nacional do cereal
Safra verão
Para a safra verão, a expectativa é de que possam ser colhidas 23,5 milhões de toneladas. No ano passado, a primeira safra ficou em 24,8 milhões de toneladas. A área plantada com milho na safra de verão 2019/2020 deverá recuar 4,8%, ocupando 3,8 milhões de hectares no Centro-Sul. No ano anterior, o cultivo totalizou mais de 4 milhões de hectares.
Conforme Molinari, houve atrasos no plantio do cereal com falta de chuva, o que acabou contribuindo para o maior declínio na área cultivada. “Com isso, a produtividade média deve ser menor frente à temporada anterior (2018/19), passando de 6,1 mil quilos por hectare para 6 quilos por hectare”, sinaliza.
Segunda safra
Para a safrinha 2019/2020, a Safras & Mercado indica uma queda de 0,9% na área a ser plantada, ocupando 12,1 milhões de hectares, ante os 12,2 milhões de hectares da segunda safra 2018/2019.
“Ainda existe uma grande indefinição com relação à área da segunda safra, que ainda poderá mudar bastante, a depender dos efeitos decorrentes do atraso no cultivo da safra de soja”, detalha.
Com a produtividade média passando de 6.quilos por hectare para 5,9 mil quilos por hectare, Molinari estima que a produção da safrinha 2019/2020 poderá chegar a 72,6 milhões de toneladas, contra 74,4 milhões de toneladas obtidas na safrinha 2018/2019.