Mesmo com a volta das chuvas nas regiões cafeeiras, o que ajuda na qualidade das floradas, o volume ainda não é suficiente para reverter os impactos da escassez de água no solo, mostra relatório realizado pela Consultoria de Agronegócio do Itaú BBA.
A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), juntamente com a Fundação Procafé já vinham alertando os cafeicultores sobre os danos irreversíveis para as lavouras no próximo ano. A área que mais chama atenção é o sul de Minas Gerais, responsável por 35% da área de café arábica do Brasil. Já no cerrado mineiro, a condição hídrica é menos crítica, mais ainda preocupa.
Os produtores estão de olho nos prejuízos, porque além da ausência de água, o excesso de calor também afetou os cafezais. Para a safra brasileira 2021/22, os agricultores e comerciantes com foco no café arábica podem esperar uma queda de 20% sobre a produção deste ano. O cenário atual sugere um déficit global para o próximo ano que pode chegar a 1.700 milhão de sacas.