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Milho

Sementes: tecnologia aumenta proteção a ataques de insetos

Expectativa é que o produto entre no mercado já em setembro

Foto: Bruna Essig/ Canal Rural

Uma nova tecnologia em sementes promete maior proteção aos ataques de insetos. A nova fórmula, com combinação inédita de quatro proteínas, protege principalmente contra a lagarta-do-cartucho, praga encontrada em todas as regiões do país e que pode comprometer a produção da safra de milho em até 40%, segundo pesquisas. A expectativa é que o produto entre no mercado já em setembro.

Tocantins, o estado mais novo do Brasil, foi escolhido como local para desenvolvimento da ferramenta, que foi comprovada por meio de cultivo protegido. Em estufa, 44 mil vasos com material genético foram testados por pesquisadores.

“Nós recebemos os embriões e a nossa equipe de transplantio aloca cada planta com sua etiqueta dentro do vaso. Em seguida, vem o pessoal do sistema de irrigação acompanhando para ver se está tudo certo. Em algumas semanas nós temos o processo de polinização e, 15 dias depois, a equipe faz a colheita da espiga verde, que será usada para um novo resgate de embrião”, explica Cristiano Caixeta Nunes, pesquisador da Corteva.

“Os resultados que nós temos hoje demonstram que ele (o produto) tem uma atividade muito boa sobre essa praga. Temos outras também que podem ser controladas, onde a gente tem proteção desde lagartas de solo, como a lagarta-elasma, lagarta-rosca e lagarta da espiga”, diz Antônio César Santos, líder de projetos de pesquisa da empresa.

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater-RS), principal órgão de extensão rural do estado, afirma que a presença dos insetos é grande nas lavouras das regiões e recomenda cuidados.

“A escolha da semente, a época de plantio e o manejo integrado são os fatores fundamentais para reduzir a incidência de pragas e doenças. O agricultor tem muito conhecimento sobre isso, ele enxerga rapidamente os danos da lagarta-do-cartucho, e aí o refúgio tem um papel fundamental, porque nesse refúgio ele já pode antecipar essa presença da praga na lavoura dele. E, se ele plantou uma variedade resistente é mais difícil que ele tenha danos econômicos que justifiquem um tratamento”, comenta o diretor técnico da entidade, Lino Moura.

 

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