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Soja: Chicago cai 2% pressionado por coronavírus, petróleo e USDA

De acordo com analistas, o órgão norte-americano deve elevar as projeções para os estoques dos Estados Unidos e do mundo

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Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural

A soja fechou esta segunda-feira, 9, com forte baixa na Bolsa de Chicago. De acordo com a consultoria Safras, em dia de tumulto no mercado global, as preocupações com o efeito do coronavírus na economia mundial e a queda de 24% no barril do petróleo derrubaram também as cotações da oleaginosa.

“O mercado também absorveu sem muito impacto o resultado dos registros de exportação dos Estados Unidos e se posicionou frente ao relatório de março do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado amanhã, às 13h”, informa.

O órgão deve elevar a projeção para os estoques finais dos Estados Unidos de soja em 2019/2020. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que o USDA indicará 440 milhões de bushels, contra 425 milhões indicados em fevereiro. Os estoques globais da oleaginosa devem ser elevados de 98,9 milhões de toneladas para 100,4 milhões de toneladas.

A safra brasileira deverá ficar em 125 milhões de toneladas e a da Argentina, em 53,4 milhões. Os atuais números do USDA são de 125 milhões e 53 milhões, respectivamente.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com desvalorização de 21,25 centavos de dólar ou 2,38% em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,70 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 8,79 por bushel, retração de 21 centavos de dólar ou 2,33%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 4,70 ou 1,54%, a US$ 300,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 27,54 centavos de dólar, perda de 1,21 centavo ou 4,2% na comparação com o fechamento anterior.