O mercado físico de soja terminou a semana sem grandes mudanças, por conta da grande volatilidade do dólar e da Bolsa de Chicago, de acordo com a consultoria Safras. Na sexta-feira, 15, os contratos futuros terminaram com leve alta e o dólar também.
Acompanhe abaixo os fatos merecem dos produtores na semana que vem, pois podem mexer com os preços da oleaginosa. As dicas são do analista Luiz Fernando Roque. Confira:
- Os trabalhos de plantio da nova safra dos Estados Unidos continuam evoluindo em ritmo acelerado. Apesar de a umidade registrada na primeira semana de maio ter impedido um melhor avanço das máquinas no cinturão produtor, o percentual de área semeada até o momento permanece acima da média normal para este período;
- Não há grandes problemas registrados até agora, fato que impede que Chicago ganhe fôlego, mesmo que pontual;
- A antecipação da semeadura tende a diminuir a ocorrência de problemas climáticos maiores na colheita, como geadas e neve, trazendo uma janela mais tranquila para o desenvolvimento das lavouras. É possível, ainda, que uma janela maior para a semeadura abra espaço para o plantio de áreas que não seriam inicialmente semeadas, elevando ainda mais a área final. Ainda é cedo para definições, mas o contexto inicial da nova safra dos EUA é bastante promissor;
- Os players também olham com atenção para as tensões entre Estados Unidos e China. O presidente norte-americano, Donald Trump, continua elevando o tom contra o governo chinês, colocando a responsabilidade da pandemia na conta da China;
- Apesar disso, a China vem dando sinais de boa vontade no comércio, dando a entender que não tem interesse em retomar a guerra comercial;
- De qualquer maneira, devemos ficar atentos aos movimentos do governo norte-americano, ainda mais em ano de eleição;
- No Brasil, o recente pedido de demissão de mais um ministro da Saúde volta a trazer instabilidade política. Esse é mais um fator que traz sustentação para o câmbio, que parece não ter espaço para grandes correções negativas, mas sim para continuar subindo;
- Os preços internos devem permanecer firmes, acompanhando a moeda norte-americana.