A soja fechou esta quinta-feira, 28, com preços mais baixos na Bolsa de Chicago. De acordo com a consultoria Safras, o dia foi dominado por vendas técnicas, com fundos e especuladores optando por realizar parte dos lucros acumulados recentemente.
A tensão entre China e Estados Unidos foi o fator que deu base ao movimento de correção. A Assembleia Popular Nacional da China aprovou uma resolução para impor leis de segurança nacional em Hong Kong, anulando a autonomia parcial do território em uma tentativa de esmagar os protestos anti-Pequim que desafiam o líder chinês Xi Jinping.
Em resposta, o presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a responsabilizar a China pela pandemia do novo coronavírus. Essa não foi a primeira vez que Trump sugere que a China é responsável pela disseminação do vírus, que foi inicialmente detectado na cidade chinesa de Wuhan, em dezembro do ano passado.
O temor do mercado é que a discussão prejudique o acordo comercial entre os dois países e prejudique a venda de soja americano aos chineses.
- Impasse sobre Hong Kong cria tensão entre EUA e China; entenda!
- Soja: China opta por comprar mais caro do Brasil em detrimento dos EUA
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 1,50 centavo ou 0,17% em relação ao dia anterior, a US$ 8,47 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 8,49 por bushel, com perda de 1 centavo ou 0,11%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com alta de US$ 2,30 ou 0,81% a US$ 284,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 27,39 centavos de dólar, baixa de 0,21 centavo ou 0,76% na comparação com o fechamento anterior.