O relatório AGR Brasil desta quinta, dia 23, informa que o contrato de soja na Bolsa de Chicago com vencimento em novembro registrou baixa de 15 pontos, a US$ 9,80. O milho para dezembro ficou estável a US$ 4,13 e o trigo para setembro teve alta de 4 pontos a US$ 4,2.
A AGR aponta que a procura global por soja continua forte e deverá aumentar em 2015/2016. A exceção fica por conta dos Estados Unidos, que têm apresentado uma demanda mais fraca. O problema para produtores americanos é que a força de sua própria moeda reduz a competitividade de seu produto no mercado global. Exportadores na Europa e na América do Sul são mais competitivos.
A China comprou até aqui em torno de 2,5 milhões de toneladas de soja safra nova norte-americana, menor ritmo de compras dos últimos nove anos. Ao mesmo tempo, o ritmo de vendas da oleaginosa pelo Brasil e Argentina se encontra bem acima do ano passado. A América do Sul se beneficia de nova produção recorde e da força do dólar. A análise da AGR chama atenção para o fato de que não só o ritmo de compras chinesas é o menor em nove anos, mas a China precisaria comprar 23 milhões de toneladas de soja norte-americana até o final do ano para alcançar a estimativa atual de compras anuais.