A forte seca enfrentada no último trimestre de 2019 destruiu parte das lavouras plantadas em outubro, conta o presidente da Aprosoja do Piauí, Alzir Pimentel. “Pegou o florescimento em um período extremamente seco e penalizou de forma que não há como recuperar”, conta. Algumas áreas devem ser replantadas.
As plantações mais tardias até se encontram em melhor estado, mas também estão sofrendo com a irregularidade das pancadas. “São chuvas muito irregulares mesmo dentro de uma propriedade. Notamos distorções pluviométricas bastante relevantes: 300 milímetros ou mais em uma parte da lavouras e em outra nem a metade disso”, conta Pimentel.
De acordo com o presidente da Aprosoja Piauí, os trabalhos já deveriam estar sendo finalizados, mas a baixa umidade impossibilitou o plantio. “As chuvas voltaram na segunda, 30, e agora fica a expectativa para os próximos meses, que vão determinar a qualidade das lavouras”, diz.
Segunda safra
Pimentel conta que, naturalmente, o estado tem uma janela bastante curta para a segunda safra de milho, sendo que apenas produtores mais tecnificados conseguem ter boas produções. “Com esse atraso, quem for plantar terá que aguardar por chuvas em abril, quando não é normal. Mas já tivemos anos em que chovem até junho”, diz.