O semiconfinamento funciona como alternativa para intensificar a terminação de bovinos de corte criados a pasto. Para responder às dúvidas do público sobre esse tema, ouvimos o pesquisador Sérgio Raposo, da Embrapa Gado de Corte.
Considerado um meio termo entre o confinamento e a suplementação em pastagens, esta prática tem se tornado comum pela menor necessidade de infraestrutura, quando comparada ao primeiro e por melhores desempenhos, quando comparada ao segundo.
A prática dá flexibilidade ao produtor na tomada de decisão em realizá-lo ou não, já que a maioria dos custos é relativa à aquisição de concentrados e não demanda ações para a produção de alimento volumoso como ocorre no confinamento. Aqui, o volumoso é o próprio pasto.
No semiconfinamento, o pasto é vedado, sendo normalmente alguma forrageira com menor perda de qualidade, mais ingredientes que são decididos em conjunto com um técnico.
Suplementação
Para o semiconfinamento, é comum níveis de fornecimento de aditivos entre 0,7% e 2% do peso vivo (PV). No semiconfinamento, o uso de sal proteinado junto da ração é o método mais eficiente.
É importante lembrar que, no caso do semiconfinamento, é possível e até recomendável uma formulação específica para cada situação. A ajuda de um técnico especializado é essencial para melhores resultados.
PARA SABER
Qual a diferença entre sal comum e sal mineral?
O sal comum contem apenas cloro e sódio e, normalmente, algum iodo. Ele não deve ser dado como suplementação para o gado, porque as pastagens são deficientes de outros minerais que ele não fornece.
Já o sal mineral é a mistura do sal comum com outros ingredientes minerais. É preciso lembrar que o produto não serve para que o animal ganhe peso, mas sim para o melhor aproveitamento dos alimentos fornecidos ao gado.
O desempenho de animais a pasto depende de uma série de fatores como: quantidade e qualidade da forragem, taxas de proteína, energia e minerais, dentre outros