Importadores chineses relataram à AGR Brasil que estão chocados com a velocidade que o Brasil foi capaz de carregar soja nos navios em abril. De acordo com o boletim diário da consultoria, muitos importadores chineses esperavam que, devido ao atraso no plantio, a soja fosse carregada mais para frente e, por isso, acabaram suprindo a demanda imediata com soja dos Estados Unidos. Por este motivo, os chineses estão tentando rolar cargas para maio e junho para frente devido ao excesso de oferta local.
Isto significa que o Brasil deve continuar sendo um grande exportador de soja mesmo após o início da colheita americana, se conseguir se manter competitivo. Caso isto aconteça, deve atrapalhar as exportações de setembro e outubro nos Estados Unidos. A AGR Brasil estima que o Brasil exportará em torno de 47,2 milhões de toneladas de soja este ano, cerca de dois milhões menos que os EUA devem exportar.
Números divergentes
As estatísticas oficiais do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior apontaram que o Brasil exportou 6,6 milhões de toneladas em abril, bastante abaixo da estimativa do setor privado, de 10 milhões de toneladas. A AGR diz que essa divergência nos números é natural, pois os métodos de compilação dos dados são diferentes. A consultoria acredita que o número do setor privado é mais realista que o do governo.
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