A soja, por sua vez, continua “descolada” do restante do mercado de grãos, registrando alta, diante de especulações de que o governo da China aumentará suas reservas estratégicas de óleo de colza, terceiro tipo de azeite vegetal mais utilizado no mundo.
– De acordo com alguns traders, tal boato poderia apontar para um possível aumento na demanda de oleaginosas em geral no mundo, com efeito direto na demanda de soja – diz a AGR Brasil.
Segundo a consultoria, a China possui reservas recordes de óleo de colza. Além disso, o aumento das compras não necessariamente se traduziria no aumento da demanda por soja ou óleo de soja.
Para ela, a valorização da soja nos últimos pregões é provocada pelo fato de os preços da commodity não terem rompido as resistências necessárias para atrair maior venda por parte dos fundos. Estes, por sua vez, estão posicionados em grande volume no lado da venda, fazendo alguns gestores cobrir apostas de vendas, que com cada movimento de alta se aproximam de importantes pontos técnicos de aceleração no lado da compra.
– A AGR Brasil vê o movimento atual de alta dos contratos de soja como puramente técnicos (devidos aos fatores mencionados acima) e alerta que, quando fundos terminarem de cobrir suas apostas de milho x soja, e caso as leituras climáticas sejam favoráveis para o plantio de soja nas próximas semanas, o mercado de soja poderá ter sessões consecutivas de baixas até consideráveis – afirma.
*Com edição de Ivan Ryngelblum
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