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Notícias - Soja Brasil

Tumulto externo gera cautela nos negócios com soja no Brasil

Segundo a Safras, bem capitalizado, o produtor optou por negociar apenas pontualmente, avaliando o cenário. Os preços tiveram comportamento misto

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Foto: Arquivo/Agência Brasil

O tumulto nos mercados globais diminuiu o ritmo dos negócios com soja no Brasil nesta segunda-feira, 9. Chicago teve forte baixa, enquanto o dólar disparou. Bem capitalizado, o produtor optou por negociar apenas pontualmente, avaliando o cenário. Os preços tiveram comportamento misto.  

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos baixou de R$ 90 para R$ 89,50. Na região das Missões, a cotação recuou de R$ 89,50 para R$ 89. No porto de Rio Grande, o preço caiu de R$ 94,50 para R$ 94.  

Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 84,50 para R$ 85 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca seguiu em R$ 92,50. Em Rondonópolis (MT), a saca passou de R$ 82 para R$ 81 a saca. Em Dourados (MS), a cotação caiu de R$ 81 para R$ 79. Em Rio Verde (GO), a saca estabilizou em R$ 80.

Chicago 

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços em forte baixa. Em dia de tumulto no mercado global, as preocupações com o efeito do coronavírus na economia mundial e a queda de 20% no barril do petróleo derrubaram também as cotações da oleaginosa. 

O mercado também absorveu sem muito impacto o resultado dos registros de  exportação dos Estados Unidos e se posicionou frente ao relatório de março do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado amanhã. 

O Departamento deverá indicar elevação nos estoques finais dos Estados Unidos de soja em 2019/20. O relatório de março do Departamento será divulgado às 13h. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que o USDA indicará estoques americanos em 440 milhões de bushels, contra 425 milhões indicados em fevereiro. 

Os estoques globais da oleaginosa deverão ser elevados de 98,9 milhões de toneladas para 100,4 milhões de toneladas em 2019/20. A safra brasileira deverá ficar em 125 milhões de toneladas e a da Argentina, em 53,4 milhões.  Os atuais números do USDA são de 125 milhões e 53 milhões, respectivamente. 

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 572.416 toneladas na semana encerrada no dia 5 de março, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado previa 650 mil toneladas.  

Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 672.174 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado fora de 888.690 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de setembro, as inspeções somam 30.130.673 toneladas, contra 26.858.270 toneladas no acumulado do ano-safra anterior. 

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com desvalorização de 21,25 centavos de dólar, ou 2,38%, em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,70 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 8,79 por bushel, retração de 21,00 centavos de dólar, ou 2,33% em relação ao fechamento anterior. 

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 4,70, ou 1,54%, a US$ 300,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 27,54 centavos de dólar, perda de 1,21 centavo ou 4,2% na comparação com o fechamento anterior. 

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