Mesmo com boa parte de seu território tomado pelo deserto do Saara, a Tunísia fez o agronegócio florescer. Nesse país do norte da África, o setor responde por 10% do Produto Interno Bruto (PIB), estimado em cerca de US$ 136 bilhões, e emprega 14,8% da população, segundo a Agência de Inteligência Central dos Estados Unidos (CIA).
Na área do deserto – onde as temperaturas variam de 50°C durante o dia a 0°C à noite –, é possível encontrar oásis verdes, com plantios e água em boa quantidade. Não se trata de miragem. Um sistema hidráulico milenar, chamado de ‘jessour’, utilizado pelos locais, retém a água da chuva por meio de pequenas barragens e auxilia sua penetração no solo, favorecendo os plantios.
O trigo e a cevada são produtos importantes da agricultura tunisiana. Os materiais são reconhecidos por sua alta qualidade e resistência à seca, atraindo a atenção da Embrapa, que fechou uma parceria com entidades de pesquisa locais visando adaptar variedades ao Cerrado brasileiro.
Já as exportações brasileiras para o país africano renderam US$ 286,6 milhões em 2017, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). A maioria dos negócios foi feita com produtos agrícolas, como açúcar, soja e milho em grão e na forma de óleo, além de café, que juntos representaram 83% das compras dos tunisianos. Entre os produtos de origem animal, destacam-se carne bovina, derivados de leite e couro.
No futebol
Após 12 anos longe das copas do mundo, a seleção da Tunísia fará sua quinta participação no evento. A primeira delas aconteceu em 1978, quando o país entrou para a história ao ser o primeiro do continente africano a vencer um jogo no mundial. A partida foi contra o México, com um placar de 3 a 0. Apesar do esforço, a falta de tradição cobrou seu peso e a Tunísia foi eliminada na primeira fase, após perder para a Polônia e empatar com a Alemanha Ocidental, já que na época os alemães mantinham ainda duas seleções separadas.
Na Rússia, a equipe tunisiana entra em campo desfalcada de seus dois principais jogadores: o armador Youssef Msakni e o atacante Taha Yassine Khenissi. A esperança está nos pés de Wahbi Khazri, que joga na Inglaterra, e do meio-campista Naim Sliti, que atua no campeonato francês.