Relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) voltou a reduzir o índice de produção de milho para a próxima safra mundial. A exceção é o Brasil, que deve ter um aumento na produção do cereal, podendo chegar a 120 milhões de toneladas considerando uma terceira safra.
A redução da produção de milho é prevista para Estados Unidos, Ucrânia, Argentina, China, dentre outros. A perspectiva é uma pressão no mercado do cereal, uma vez que os estoques da safra 2022/23 serão menores.
De acordo com o comentarista do Mais Milho, Glauber Silveira, o Brasil não deverá sentir grandes impactos, uma vez que no próximo ciclo há uma projeção de colher entre a primeira, segunda e até mesmo terceira safra um volume de 120 milhões de toneladas.
Projeções da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) apontam para o Brasil — somente na 2ª safra 2021/22 de milho — uma produção recorde de 87,4 milhões de toneladas.
“É importante deixar claro que não falta milho para o consumo interno” — Glauber Silveira
“Isso é muito positivo por quê? Porque o Brasil tem um consumo em torno de 80 milhões, então nós vamos ter uma sobra de 40 milhões de toneladas. É importante deixar claro que não falta milho para o consumo interno”, diz Silveira.
Mercado de milho: antecipação de contratos
A antecipação de contratos de comercialização, de acordo com Silveira, é algo que o produtor rural deverá se atentar, principalmente após a abertura de mercado da China para o cereal brasileiro.
“O milho é a vedete do momento” — Glauber Silveira
“Não sabemos o tamanho do volume (China), mas ele tende a crescer, assim como de outros países. O mundo todo estará precisando de milho. O milho é a vedete do momento. Essa é a grande verdade”, diz.