Avanço do coronavírus, relatório do USDA, preço do petróleo e colheita no Brasil e Argentina devem impactar o mercado do milho nos próximos dias. Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari:
Mercado externo:
- Mercado externo com atenção ao início da colheita da safra argentina, que deverá provocar a reabertura da logística local bloqueada pelo Covid-19;
- Intenção de plantio do USDA no próximo dia 31. Número esperado para o milho em 94,2 milhões de acres, considerada uma área alta para esta safra nos EUA;
- Efeitos positivos ou negativos sobre os preços do petróleo e produção de etanol nos EUA. China voltando a comprar etanol dos EUA pode ser um bom sinal na semana;
- Paralisação de atividades nos EUA influencia toda a demanda interna de alimentos e energia;
- Foco para a CBOT segue de preços discretos para o milho.
Mercado interno:
Mercado interno com preços estáveis e firmes em todas as regiões do país;
- Apesar das colheitas regionais os preços não cedem;
- Indústrias de etanol venderam um pouco de milho disponível no mercado interno mas começaram a direcionar grandes lotes para exportação a partir de julho;
- Colheita em MG deve avançar nas próximas semanas sem expectativa de pressão de venda, assim como nos demais estados;
- Exportação começando a avançar para o segundo semestre com preços de porto liquidando acima de R$ 46;
- Safra brasileira com forte atenção ao clima na safrinha no Paraguai, PR, MS e SP. Alguma chuva para este final de semana de forma localizada nestas localidades, mas em baixa cobertura;
- Ainda sem sinalização de corte de demanda interna de forma a mudar o sentido dos preços internos no curto prazo.