O volume de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) repassado aos agentes financeiros na safra 2018, com data de referência de 21 de maio deste ano, atingiu R$ 4,217 bilhões, montante que representa 85% do total (R$ 4,96 bilhões) autorizado para o ciclo. Os foram levantados pelo Conselho Nacional do Café (CNC) junto ao Ministério da Agricultura.
Conforme comunicado do CNC, do montante recebido pelos 37 agentes até 21 de maio, R$ 1,65 bilhão foi destinado para a linha de Estocagem; R$ 903,6 milhões para Custeio; R$ 897,5 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café (FAC); e R$ 766,5 milhões para as linhas de Capital de Giro (R$ 382,1 milhões para Cooperativas de Produção, R$ 231,3 milhões para Indústrias de Torrefação e R$ 153,1 milhões para o setor de Solúvel).
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O presidente executivo do CNC, Silas Brasileiro, destaca que R$ 933 milhões desse montante foram destinados às cooperativas de crédito. “Os agentes cooperativos têm o princípio de potencializar a chegada dos recursos aos produtores, dando maior capilaridade ao capital do Funcafé. O volume recebido pelas creds até o momento responde por 91,6% do total contratado por esses agentes na safra 2018, que soma R$ 1,018 bilhão”, afirma.
Dos 37 agentes financeiros que se credenciaram para operar com recursos do Funcafé na safra 2018, 13 receberam o total solicitado. Nove instituições contrataram entre 90% e 99,9% do que demandaram e outras seis de 50% a 89,9%. Fechando a classificação, também nove instituições não solicitaram nada ou menos de 50% da intenção de crédito que demandaram em contrato junto ao Mapa. Os repasses do Fundo referentes à safra 2018 seguem até 30 de junho deste ano.
Para a safra 2019, o setor privado da cafeicultura recomendou, via Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), orçamento recorde de R$ 5,071 bilhões do Funcafé, volume que foi aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 25 de abril, por meio da Resolução nº 4.715 do Banco Central.