Na fazenda do produtor rural Adalberto Ottoni a área de pasto nativo é cada vez menor. Em quatro anos o gado já perdeu 250 hectares, convertidos em plantações da oleaginosa. Com o bom rendimento e preços atrativos o produtor não esconde que o espaço do gado na propriedade pode estar com os dias contados.
Neste processo de transformação nem sempre são os pecuaristas que passam a produzir grãos, muitas vezes eles arrendam parte das terras para os sojicultores durante o verão. No inverno entram novamente com o rebanho nestas áreas. O valor do arrendamento gira em torno de 10 sacas por hectare na região. Já para os agricultores a vantagem é ampliar o terreno para o plantio. Segundo o consultor técnico Ademir Fiorini, há também um ônus: a compactação do solo.
Ainda não há perspectivas sobre o futuro da pecuária na cidade, mas o mais provável é que os pecuaristas passem gradativamente a investir na terminação de bovinos. É o que pensa o produtor e conselheiro técnico do Sindicato Rural, Roberto Coletti. Ele afirma que ainda há muitas áreas de pasto que podem ser incorporadas às lavouras.