Sojicultores do Paraná esperam bons preços na próxima safra

Oeste paranaense espera manter a produtividade de 60 sacas por hectare na safra que começará a plantar em setembroO Paraná, segundo maior produtor de soja no país, se prepara para mais uma safra. Com a baixa nos estoques mundiais, os produtores do oeste do Estado estão animados e esperam melhora na remuneração pelo grão, além de aumento de produtividade.

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A cidade de Toledo, a pouco mais de 500 quilômetros da capital Curitiba, concentra cooperativas e empresas ligadas ao agronegócio. Impulsionada por um solo fértil e plano, é um dos maiores produtores de grãos do Paraná. A soja e o milho são a segunda principal atividade econômica do município, atrás apenas da suinocultura. Duas mil propriedades de pequenos e médios agricultores se dedicam ao plantio de grãos, e 65 mil hectares são destinados à soja.

– Estamos com uma média de 60 sacas por hectare, uma produção boa que há muitos anos a gente não conseguia. É uma meta que foi atingida e a gente tem que melhorar e produzir um pouco mais agora na próxima safra – anima-se Nelson Paludo, presidente do Sindicato Rural de Toledo, que possui 240 hectares dedicados à soja em São Miguel, região norte de Toledo.

A expectativa para a próxima safra de soja tem animado os produtores. Com a baixa nos estoques mundiais, eles acreditam em uma melhor remuneração nos preços pagos para quem produz o grão.

– A informação que os agricultores têm é de que os estoques mundiais de soja estão muito baixos, com isso, nós esperamos novamente mais um ano de bons preços. Nossa expectativa é de alcançar entre R$ 60 e R$ 62 pela saca da soja na próxima safra. Eu me amparo um pouco nessa base de preços porque durante a aquisição de insumos já tínhamos a possibilidade de fazermos contratos futuros nos valores de R$ 55 a R$ 57 a saca – analisa o produtor rural Celso Miguel Pörsch.

O plantio começa no final de setembro e deve durar pouco mais de um mês. Até lá, o frio intenso registrado na região deve contribuir para manter as pragas da cultura afastadas. Além disso, outro fator positivo está relacionado aos insumos. Os preços estão maiores do que o ano passado, mas, como a compra foi antecipada pela maioria dos produtores do oeste paranaense, o reajuste não deve interferir nos valores da safra atual.

– Durante os meses de maio e junho a gente já foi se preparando adquirindo insumos. Eu acredito que a maioria dos produtores da nossa região têm feito a aquisição de insumos antecipadamente, é praticamente tradição na região. Isso faz com que você consiga baixar um pouco o custo de produção – explica Pörsch.

As possibilidades de mercado para o grão fazem parte das expectativas dos produtores para o 1º Fórum Soja Brasil, que vai debater o tema e contar com a participação de parlamentares, consultores e líderes de entidades do agronegócio.

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