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Normalmente, esses solos são de baixa fertilidade na sua origem, apresentam baixa CTC, baixos níveis de fósforo e potássio, como também são pobres de enxofre e alguns micronutrientes. São solos que, como aqui na região, se prestam muito bem para pastagens. Porém, se a baixa fertilidade for corrigida, se níveis de cálcio e magnésio forem elevados, através da calagem, e o pH for adequado, estes solos vão apresentar grande potencial para o cultivo da soja.
Em algumas propriedades da região observamos o cultivo da soja. Numa das propriedades que visitamos, constatamos elevado nível de tecnologia própria para solos arenosos que sejam indicados para o início do cultivo da soja: correção do solo com calagem para elevar cálcio e magnésio, uma vez que o alumínio é baixo; aplicação de gesso em quantidade suficiente para acrescentar enxofre e cálcio em profundidade e fosfatagem para correção de fósforo.
Todas essas práticas foram efetuadas com agricultura de precisão, para aplicação em taxa variada. Quando a necessidade é recuperar a matéria orgânica, os solos são cultivados com miheto, durante o inverno, que após dessecação fornece ao solo grande quantidade de carbono, contribuindo para aumento da CTC.
Com esse conjunto de procedimentos, no primeiro ano a produção foi de 43 sacas por hectare, no segundo ano 50 sacas por hectare e no terceiro a produtividade média foi de 54 sacas por hectare. No planejamento estabelecido no quarto ano, áreas voltam a ser ocupadas com pastagem.