Desenvolvida pela empresa brasileira Olearys, a tecnologia Hemisphere Pro funciona através de sensores instalados no solo. A plataforma monitora umidade do ar, temperatura e quantidade de água na lavoura.
Na fazenda do produtor rural Roberto Bergamasso, próxima à cidade de Perdizes, no Triângulo Mineiro, a tecnologia é testada nas lavouras de batata. Os sensores foram instalados há 60 dias e monitoram uma área de 38 hectares. A colheita inicia nesta semana. A expectativa é que a produção ultrapasse 800 sacas por hectare.
– Com esse sistema, temos mais segurança e economizamos – relata o agricultor.
A plataforma é modular e pode ser utilizada em lavouras de soja, milho, café e cana-de-açúcar. No monitoramento de umidade do solo, os sensores avaliam a frequência e a eficiência da irrigação na lavoura.
– Nossos equipamentos ficam instalados no interior das lavouras para trazer a precisão que diferencia uma lavoura de outra. Temos equipamentos dentro da lavoura de batata, de milho e de café. A grande ideia é a coleta microclimática formada pelas diferentes culturas – explica o engenheiro agrônomo Luiz Fernando Feliz.
A tecnologia fica instalada no meio da plantação e os sensores são enterrados a uma profundidade de 1 metro. A cada 10 centímetros, eles captam informações sobre umidade e quantidade de água no solo que são transmitidas de forma instantânea para os produtores através de uma plataforma online.
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Diariamente, são emitidos relatórios sobre a umidade do ar, temperatura, possibilidade de chuva e a dinâmica da água no solo. Nas últimas semanas, os sensores detectaram excesso de água nas lavouras e apontaram para possibilidade de doenças e pragas. Precavido, o produtor espera o momento certo para a aplicação dos defensivos.
– Com a umidade que está agora, a raiz não consegue absorver o cloreto, então, com esse aparelho, a gente sabe que tem que esperar o momento certo para fazer a aplicação, e com isso a raiz vai absorver o produtor e o fruto vai engrossar – pontua o produtor.
O aparelho disponibiliza também índices de severidade que mostram condições climáticas favoráveis a ocorrência de pragas. As informações ajudam o produtor a reduzir o consumo de água e o custo de produção nas lavouras.
– Com os níveis de severidade, nós conseguimos fazer as recomendações e tomar as decisões mais técnicas e mais eficientes. Reduzimos o número de aplicações e melhorar a eficiência dessas aplicações. Estamos falando de eficiência técnica e eficiência econômica, que também gera redução de custo para o produtor – destaca o engenheiro agrônomo.