Tocantins cresce em 50% área plantada com soja e vive prosperidade agrícola

Estado tem clima favorável à cultura e alegra produtores com retorno positivoO produtor Julimar Pansera passou mais de 30 anos plantando soja no Paraguai. Há dois anos, ele voltou a Tocantins, seduzido pela capacidade de expansão do Estado no setor agrícola. Ao chegar lá, encontrou uma área de Cerrado, que conseguiu transformar em 3,3 mil hectares cultivados com a oleaginosa.

A perspectiva de Pansera é abrir mais mil hectares ao longo do próximo ano.

– Depende muito da questão econômica também. De como a gente vai produzir soja, porque as áreas, quando você começa a trabalhar, elas são pobres. O solo é pobre, e você tem que fazer muito investimento – afirma.

Desde que voltou para Tocantins, o produtor não tem o que reclamar do clima. Segundo ele, as condições são excelentes, por causa das chuvas frequentes.

– O pessoal mais velho aqui, que está plantando há 15 anos dizem que nunca tiveram problema com falta de chuva. Inclusive, tiveram problema no começo, com a questão de muita chuva na colheita, que aí com a questão de pouca máquina, perdem soja – conta.

– De chuva, só o excesso de chuva né? – brinca Pansera.

Ele diz que o solo, por ser Cerrado, é pobre para o cultivo da soja. Mas com trabalho e a ajuda da topografia, a atividade vale muito à pena. Segundo o presidente da Aprosoja TO, Rubem Ritter, a prosperidade do setor agrícola do Estado se confirma em números: há três anos, área plantada com soja era de cerca de 400 mil hectares, e nesta safra chegou a 640 mil hectares.

– É um crescimento de 50% em três anos, é um crescimento chinês – afirma.

Para manter a linha crescente, Rubem Ritter conta que os planos são de investimento na área de logística e armazenagem.

– Eu entendo que essas duas questões, somadas a esse conjunto todo que a gente já explanou, certamente vão continuar viabilizando o nosso crescimento. Eu acredito que eu pouco tempo a gente chegue em 1 milhão de hectares – prevê Ritter.

Os produtores de Tocantins têm contado com a agilidade dos processos de liberação de licença ambiental, o que segundo o presidente da Aprosoja  demanda um dever dos agricultores:

– Esse conjunto todo faz com que nós nos engajemos na questão da sustentabilidade. É um compromisso nosso trabalharmos pela sustentabilidade: o bom uso dos produtos químicos, da melhor maneira possível, as preservações na nossa mata ciliar, nas áreas de reserva, nas APPs. Então, este é um compromisso nosso pela sustentabilidade – defende.

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