Lideranças dos caminhoneiros autônomos afirmaram nesta quinta-feira, 1º, que a celebração de acordos coletivos sobre os preços dos fretes vai ficar para a próxima semana. A expectativa é que seja realizada uma reunião na terça-feira, 6, em Brasília, entre todos os envolvidos no tema. Os transportadores trabalharam desde segunda-feira, 29 de julho, na elaboração de uma proposta com a previsão dos custos, percentuais de remuneração por categoria de carga e uma exigência específica: a obrigatoriedade de emissão do Código Identificador da Operação de Transporte (Ciot) para todos. O texto foi entregue ao Ministério da Infraestrutura e apresentado aos embarcadores.
Segundo os caminhoneiros, uma minuta de acordo foi escrita nesta quarta-feira, 31,mas não houve consenso. Eles sugeriram mudanças e aguardam o posicionamento dos embarcadores. Na semana passada, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que a demanda sobre o Ciot perderia o sentido com os acordos coletivos. O diretor da Associação dos Caminhoneiros do Sul Fluminense (Acasulf), Nelson de Carvalho Júnior, ressaltou a posição da categoria. Na prática, o documento traz o valor pelo qual o frete foi contratado e deve ser fiscalizado para garantir o cumprimento pelas partes.
“A gente não abre mão. No papel é bonito, mas na ponta é diferente, aqui fora é diferente. Só é obrigatório para autônomos, mas quase ninguém faz. Tem que ser obrigatório e tem que ter fiscalização e punição. E tem que ser de forma eletrônica”, disse Carvalho Júnior.
Por Rafael Walendorff