O Rabobank estima agora um superávit entre oferta e demanda de 1,8 milhão de toneladas para a temporada 2019/20 (outubro-setembro) em termos globais, ante um déficit projetado no relatório de três meses atrás. A mudança resultou de safras acima do esperado, especialmente no Brasil, onde a colheita da cana neste ano andou de forma muito rápida. Já o consumo global na mesma temporada deve diminuir 1,4%.
Para 2020/21, o Rabobank estima um déficit de 300 mil toneladas, com os ganhos nas produções sendo compensados por uma recuperação de 1,7% na demanda global de açúcar. São esperados crescimento nas produções principalmente na Ásia (particularmente na China, Índia e Paquistão), e também na América do Norte, onde as matérias-primas vão se recuperar depois de estiagem no ano anterior. Já a projeção de consumo foi levemente reduzida, diante da segunda onda de Covid.
O Rabobank diz que os pontos a serem observados no curto prazo são a evolução das exportações da Índia, agora que o programa de subsídios está definido, os possíveis impactos do fenômeno La Niña na produção brasileira e os potenciais efeitos benéficos do aumento da disponibilidade de vacinas contra a Covid sobre a recuperação da economia global.
Por Agência Safras