O representante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na audiência pública que discute a situação de endividamento dos produtores rurais, Rodrigo Hallak, afirmou que a linha para composição de dívidas da instituição já beneficiou cerca de R$ 50 milhões em 400 operações. Ele informou que seis bancos, ou cooperativas, estão operando normalmente a linha, entre eles Bancoob, Cresol e BRDE.
A linha permite a composição de dívidas bancárias e privadas para renegociação com três anos de carência e 12 anos de prazo. Os juros são de cerca de 11% ao ano. Produtores reclamam que alguns bancos não estão aderindo à linha e a aguardam a publicação da MP do Agro, com o Fundo de Aval, para acessar o crédito. O representante do Banco do Brasil afirmou que a instituição opera uma linha própria para endividados, mais cara que a do BNDES, mas que está “avaliando como se adequar aos parâmetros da linha do BNDES” e que nas próximas semanas terá novidades sobre isso.
A linha CDD-Agro do BNDES é a única alternativa criada até agora para atender produtores endividados. O diretor do Ministério da Agricultura, Wilson Vaz Araújo, afirmou que não tem nenhuma outra decisão tomada e que qualquer medida esbarra na falta de recursos no orçamento, praticamente descartando a possibilidade de uma nova securitização.
Por Rafael Walendorff