Produtores brasileiros de café arábica e conilon estão atentos ao clima. Esse cenário somado ao alto volume da atual safra já comercializado mantêm baixa a liquidez envolvendo a safra 2020/2021. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), muitos compradores estão com os armazéns cheios, tendo em vista a elevada quantidade negociada no físico em julho e em agosto e o recebimento de café adquirido em meses anteriores.
Produtores, por sua vez, se mostram mais capitalizados neste ano, após terem comercializado grande volume da safra 2020/2021 a preços mais remuneradores. No campo, as altas temperaturas e a baixa umidade em todas as regiões produtoras de café arábica e robusta têm preocupado produtores quanto à produção da safra 2021/2022.
Agentes consultados pelo Cepea indicam que o clima tem prejudicado a condição fisiológica das plantas, que já estavam debilitadas após a colheita, especialmente no caso do arábica. Com o tempo quente e seco, as primeiras floradas já abertas também podem ser abortadas, especialmente na região de Garça (SP), onde as flores foram mais significativas.