A comercialização da safra brasileira de café de 2021/22 até o último dia 10 de agosto atingia 53% do potencial de produção, contra 48% do mês anterior. O dado faz parte de levantamento mensal da Safras & Mercado. O percentual de vendas é superior a igual período do ano passado, quando girava em torno em 51% da safra. O fluxo de vendas também está bem acima da média dos últimos anos para o período (40%).
Segundo o consultor da Safras, Gil Barabach, mesmo com a cautela do produtor, o fluxo de vendas segue ligeiramente acima de igual período do ano passado. A comercialização de arábica alcança 52% da safra BR-21.Mesmo diante de uma postura mais comedida do produtor, sustenta um fluxo de vendas apenas ligeiramente abaixo de igual período do ano passado, quando 53% da safra havia sido vendido. Mas ainda bem acima da média para o período, que gira em torno de 39% da safra. “O percentual alto de comprometimento por parte dos produtores, especialmente na região do Cerrado e Sul de Minas e na Mogiana paulista justificam a esse comportamento dos vendedores, apesar da disparada no preço”, avalia.
O destaque positivo mais uma vez vai para as vendas de conilon, pondera o consultor. “A procura da indústria doméstica, em particular de torrado e moído, ajudou a impulsionar os preços no mercado interno. O preço do conilon foi acima da linha de R$ 600 a saca, o que trouxe mais vendedores para o mercado”, comenta. E, com isso, as vendas de conilon chegam a 55% da safra brasileira 2021, dando um salto de 9 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Superam com folga os 45% vendidos em igual período do ano passado, bem como, estão bem acima dos 44% em média dos últimos cinco anos para o mês de julho.
Por Agência Safras