Mesmo com preços mais altos, os negócios com a safra futura de café do Brasil (2022/23) seguem muito amarrados. Levantamento da Safras & Mercado mostra que produtor já comprometeu um percentual alto da safra BR-22, particularmente no Sul e Cerrado de Minas Gerais e na região da Mogiana paulista.
“O combo formado por vendas aceleradas, dúvidas produtivas e preços que não param de testar novas máximas serve de justificativa para essa postura mais curta do lado da venda. Os compradores também não demonstram muita agressividade, entre outras fatores por conta dos custos altos de ‘margeamento’ em bolsa”, diz o analista Gil Barabach.
O levantamento da consultoria indica que até o último dia 08 de fevereiro, as vendas revisadas da safra 2022/23 alcançavam 32% do potencial produtivo. Isso corresponde a um avanço de apenas um ponto percentual na comparação ao mês anterior.
Mesmo muito lenta, a comercialização ainda segue acelerada em comparação a igual época do ano passado, quando os produtores haviam vendido apenas 21% da safra. Destaque ao arábica, com comprometimento de 37% do potencial da safra, contra 28% em igual período do ano passado. No conilon, as vendas alcançam 19% do potencial produtivo, contra 9% em igual época de 2021. O interesse da indústria local, por conta do arábica caro e da mudança no blend, garante esse desempenho bem acima do normal.
Por Agência Safras