O delegado de Caldas do Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia, Eugenio Vélez Uribe, lamentou o atual paradoxo que existe, pois junto com os preços altos, as chuvas intensas afetaram as safras, o que pode levar a produção do país a encerrar o ano em cerca de 12 milhões de sacas ou mesmo 11 milhões. Isso significa, com base nas estatísticas da Federacafé, que este se tornaria o pior resultado dos últimos nove anos e o terceiro ano consecutivo com colheitas abaixo de 14 milhões de sacas.
Vélez Uribe estimou que muitas regiões do país reduziram suas colheitas em relação a um ano normal entre 30% e 40%, já que muitas áreas, embora tenham algum café, são grãos. Soma-se a isso os altos preços dos insumos que continuam tendo um valor muito alto, a ponto de um pacote de fertilizante acabar valendo o mesmo ou até mais que uma arroba de café, em torno de US$ 240 mil.
Ele também lembrou o alto custo da mão de obra, pois o quilo de café, que normalmente é pago entre US$ 500 e US$ 600, hoje cobram cerca de US$ 900, pois muitos catadores acreditam que há lucros muito bons e, por isso, pressionam por melhor valor. “Então são preços que foram ofuscados por todos esses fenômenos, por isso esse valor acaba sendo uma ilusão”, ressaltou.
Por Agência Safras