A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta segunda-feira com preços mais baixos. Após os recentes ganhos, NY apresentou um movimento técnico e natural de correção, com realização de lucros. A queda do petróleo e o dia de maior aversão ao risco nos mercados, diante da apreensão com notícias negativas em torno das relações comerciais entre Estados Unidos e China pressionaram também o café.
Porém, as perdas foram moderadas depois de NY saltar 6% na última sexta-feira. Segundo o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach, este foi um típico movimento de acomodação de alta. “O mercado voltou a alterar o patamar de atuação. Além do embalo técnico e do otimismo com a vacina, o clima irregular no Brasil e o receio de quebra da safra brasileira 2021 acabaram influenciando a curva de preço externa”, comenta.
Para ele, a posição março/2021 sustenta uma leitura técnica de alta em NY, mantendo uma boa vantagem em relação aos parâmetros médios e trabalha acima da referência de 63% de reversão Fibonacci, o que reforça a ideia de movimento de alta consistente. O desafio de alta é vencer o topo gráfico em 124,80 cents. E os objetivos seguintes são a linha de 130 cents e depois o topográfico em 135,65 cents.
Na parte de baixo, segundo o consultor, atenção ao fundo em 115,60 cents. A perda dessa importante referência, aproxima o mercado dos parâmetros de 200 e 100 períodos e depois da linha de 110 cents. “A próxima safra brasileira e o desenvolvimento das vacinas do coronavírus devem ganhar cada vez mais destaque no radar de mercado. E o fluxo atual de embarques serve como contraponto”, conclui.
No balanço de novembro, o contrato março acumulou uma alta de 15,4%. Os contratos com entrega em março/2021 fecharam o dia a 123,30 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 0,90 centavo, ou de 0,7%. A posição maio/2021 fechou a 125,10 centavos, com baixa de 0,75 centavos, ou de 0,6%.
Por Agência Safras