O ano de 2020 pode ser considerado”sensacional” para a cafeicultura mineira, que teve uma safra cheia, atingindo 33,5 milhões de sacas, com aumento de 36,3% sobre a safra de 2019. E os produtores ainda contaram com preços mais altos. A avaliação foi feita pelo presidente do Sistema Faemg Roberto Simões, que apresentou o Balanço da Agropecuária
Mineira em 2020, colocando o café como um destaque. Ele salientou que Minas Gerais representou 54% da produção nacional, aumentando a sua fatia.
Os preços médios pagos pelo café neste também foram mais altos – com valor médio de R$ 538 a saca para a espécie arábica, enquanto em 2019 a média foi de R$ 411 a saca. Já para a espécie conilon, o valor médio em 2020 foi de R$ 355/saca, contra R$ 291/saca no ano anterior.
Porém, as próximas safras preocupam em Minas Gerais. Roberto Simões afirmou que o sul de Minas Gerais enfrentou uma seca forte em 2020, “queimando” praticamente os cafezais. Observou que foi obtido junto ao Funcafé R$ 150 milhões para esses produtores atingidos pela seca na região.
Ele não quis estimar a quebra para 2021, dizendo que ainda precisa mais tempo e maiores avaliações, e o Sistema FAEMG está fazendo um levantamento disso junto com a Emater. “Muitos produtores no sul do estado não terão condições de produzir por 2 a 3 anos. Vão ter de fazer poda e recepa para voltar à produção em alguns anos. Teremos safras menores nos próximos anos, mas ainda não temos dados seguros”, afirmou.
Por Agência Safras