A comercialização da safra nova de café do Brasil 2020/21 (julho/junho) chega a 64% até o dia 13 de outubro. O dado faz parte de levantamento de Safras & Mercado, que mostra que as vendas evoluíram em 6 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
As vendas estão avançadas em relação ao ano passado, quando 53% da safra 2019/20 estava comercializada até então e também acima da média dos últimos 5 anos para o período, que é de 53%.
Assim, já foram comercializadas 43,87 milhões de sacas de 60 quilos, tomando-se por base a estimativa de Safras, de uma safra 2020/21 de café brasileira de 68,1 milhões de sacas.
Segundo o consultor de Safras, Gil Barabach, a comercialização perdeu fôlego, com queda no preço e maior resistência do produtor. “O exportador também está menos agressivo, preferindo segurar um pouco os negócios, ganhando tempo para o ajuste da sua logística. A concentração de entrega nesses primeiros meses da temporada comercial gerou um gargalo, como falta de espaço nos armazéns e carência de caminhões”, salienta Barabach.
Para o produtor, que vendeu seus cafés melhores acima de R$ 600 a saca, é difícil aceitar os níveis de preço atuais entre R$ 520/540 a saca, pondera o consultor. “No geral, o produtor está bem tranquilo, pois soube aproveitar os picos de mercado anteriores, dosando posições. E, agora, mais capitalizado e bem vendido, administra melhor suas vendas”, diz. Ou seja, o cafeicultor vendeu bastante, especialmente em julho e agosto, aproveitando o dólar alto e o repique na Bolsa de Nova York e, ao longo da segunda quinzena de setembro e nesse início de outubro, está bem mais quieto, aguardando novas oportunidades.
Por Agência Safras