O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira, 8, que a instituição tem atuado no mercado de câmbio brasileiro e, se for necessário, a qualquer momento, poderá “atuar muito mais forte do que temos feito até então”. O comentário foi feito durante evento virtual com executivos do banco Credit Suisse, entre eles o ex-presidente do BC e atual presidente do conselho da instituição financeira, Ilan Goldfajn.
“Acreditamos e enfatizamos muito o princípio da separação. A diretoria anterior (do BC) acreditava e nós acreditamos também: câmbio é flutuante e existe política para evitar excessos. Política monetária nós fazemos com juros”, disse Campos Neto.
O presidente do BC pontuou ainda que parte do mercado financeiro advogava programas mais agressivos no mercado de câmbio. Campos Neto, no entanto, disse que o entendimento é de que é importante dar liquidez ao câmbio, sem influenciar os preços.
“O real se desvalorizou muito, mais que outras divisas”, reconheceu o presidente do BC. “Nos últimos meses, o Brasil teve depreciação cambial um pouco maior”, acrescentou, reforçando que o BC está preparado para “fazer algo maior” se necessário.
Por Estadão Conteúdo