Os embarques de carne suína da União Europeia (UE) para a China vêm aumentando substancialmente, em comparação com anos anteriores, avalia o analista sênior de commodities do escritório na Ásia da consultoria INTL FCStone, Darin Friedrichs. “No ritmo atual, os embarques para a China podem ser equivalentes a 7% da produção total da União Europeia”, estima. Segundo ele, atualmente a China representa o maior mercado de exportação do produto do bloco europeu.
Na avaliação dele, embora o abate de suínos na União Europeia tenha diminuído e os preços aumentado substancialmente, as exportações para a China ainda devem ser lucrativas em virtude do aumento acentuado de preços do produto no mercado doméstico chinês.
Vale lembrar que a China passa por um grave surto de peste suína africana. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), desde que o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais chinês confirmou seu primeiro surto da doença na província de Liaoning, em agosto de 2018, outros 157 surtos foram detectados em 32 províncias. Cerca de 1,17 milhão de suínos já foram abatidos.