A Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em conjunto com o Senar e Apex Brasil, desenvolveu o projeto Agro.BR para incentivar a exportação de pequenos e médios produtores rurais. As atividades que fazem parte são: produção de mel, pescado, café gourmet, lácteos, hortifrútis, frutas, castanhas e flores.
“Desde 2016, tínhamos a Rede Agropecuária do Comércio Exterior (InterAgro). Fazíamos eventos de sensibilização para os produtores rurais sobre oportunidades e desafios do comércio exterior. O interesse cresceu, os produtores e produtoras passaram a se engajar cada vez mais. Em função disso, a CNA ampliou a atuação nessa área com o Agro.BR, em parceria com a Apex-Brasil”, relata a coordenadora do projeto, Camila Sande.
A coordenadora também explica que quando o produtor se inscreve no projeto, é feita uma primeira categorização, onde ele pode receber desde apoio na sua produção para investir na melhoria da qualidade do seu produto e se preparar para exportar, até ser colocado “frente a frente”, com um importador, para já vender sua mercadoria.
Entre os diversos mercados internacionais, a China é o principal mercado a ter ações direcionadas pelo Agro.BR. “A Ásia é o principal mercado, com foco na China. Mas também atuamos na América do Sul, Estados Unidos e União Europeia. Para cada iniciativa teremos um mercado que será mais adequado às suas ações. Temos capacidade de exportação, apoio no plano de negócios, adaptação de produtos, dentre outras”, afirma.
E mesmo com muitos obstáculos em 2020, com enfrentamento da pandemia do coronavírus, a coordenadora está positiva em relação ao próximo ano. “A pandemia nos ensinou muito. E o produtor rural brasileiro deve se orgulhar de tudo que mostrou ao mundo esse ano. A partir desse sentimento, se deve ter o comércio exterior com uma estratégia de ampliação do seu negócio, e não somente uma alternativa. Há muitos benefícios em ser um exportador de produtos tão atrativos quanto os brasileiros. Basta ter o apoio necessário para entender e tornar isso real e operacional. E o produtor pode contar com o Agro.BR nesse desafio”, completa Sande.