Com o feriado nos Estados Unidos e sem o referencial de Chicago, o mercado brasileiro de soja travou nesta sexta. Os preços oscilaram entre estáveis e mais baixos, mas eram apenas uma referência nominal, já que os agentes não negociaram. A queda do dólar e dos prêmios completou o cenário negativo para a comercialização.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos recuou de R$ 114,50 para R$ 113,50. Na região das Missões, a cotação baixou de R$ 114 para R$ 113. No porto de Rio Grande, o preço caiu de R$ 117,50 para R$ 116,50.
Em Cascavel, no Paraná, o preço seguiu em R$ 108,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca permaneceu em R$ 115. Em Rondonópolis (MT), a saca baixou de R$ 109 para R$ 108. Em Dourados (MS), a cotação ficou em R$ 107. Em Rio Verde (GO), a saca estabilizou em R$ 105.
Comercialização
A comercialização da safra 2019/20 de soja do Brasil envolve 92,9% da produção projetada, conforme relatório de Safras & Mercado, com dados recolhidos até 3 de julho. No relatório anterior, com dados de 5 de junho, o número era de 88,7%.
Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 71,1% e a média para o período é de 74,8%. Levando-se em conta uma safra estimada em 124,609 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 115,806 milhões de toneladas.
A venda antecipada para 2020/21 pulou de 35,6% no início de junho para 39,8%. Como Safras ainda não tem projeção de safra para a próxima temporada, a base para cálculo foi a de uma produção igual a desse ano. Ou seja, cerca de 49,6 milhões de toneladas já foram comprometidas.
A comercialização da safra futura está bem acelerada na comparação com o ano anterior, quando o índice era de 14,7%, e também supera a média normal para o período, de 12,4%.
O analista de Safras, Luiz Fernando Roque, ressalva que a perda no ritmo dos negócios no período é reflexo dos grandes volumes já comercializados, tanto para a safra disponível como para a safra nova.
Por Agência Safras