O 1o Levantamento da Safra 2021 de café, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira, estima uma produção total, somados conilon e arábica, entre 43,8 milhões e 49,5 milhões de sacas, indicando uma redução entre 30,5% e 21,4%, em comparação ao resultado apresentado na safra passada.
A despeito da redução da produção total, calcula-se uma produção recorde para a espécie conilon, se atingir o limite superior de 16,6 milhões de sacas de café beneficiado, com um incremento de 16% em relação a 2020. Pelo limite inferior, a previsão é de pouco mais de 14 milhões de sacas.
Para o arábica, que responde pelo maior volume nacional, a estimativa é de uma colheita entre 29,7 milhões e 32,9 milhões de sacas, o que representa uma queda de 32,4% e 39,1%, respectivamente, em comparação com a safra passada.
A produtividade no limite inferior está próxima à da safra 2017 (de 24,14 sacas por hectare), e no limite superior, à da safra 2019 (de 27,2 sacas por hectare), que também foram anos de bienalidade negativa.
Por outro lado, ao contrário da área em produção que é a menor dos últimos 20 anos, a área em formação é a maior desse período, reflexo da grave seca que assolou os cafezais e induziram os produtores a aproveitar o ano de bienalidade negativa e destinar uma maior área para realizar tratos culturais nos cafezais. A área de produção indicada é de 1,76 milhão de hectares, com uma redução de 6,8% frente a 2020.