A área a ser cultivada com soja no Paraná deverá ser elevada levemente na temporada 2020/21, somando 5,53 milhões de hectares, ante 5,47 milhões de hectares cultivados em 2019/20. A estimativa foi feita por Marcelo Garrido, economista do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Estado do Paraná, que concedeu entrevista exclusiva à Agência SAFRAS.
Para o entrevistado, a oleaginosa deve agregar áreas degradas e de pastagens. “Além de um pouquinho da área de feijão”, destaca. Sem problemas em relação aos insumos, o que preocupa no estado é o clima. “Faltam chuvas. Está bem seco, o que freia os trabalhos de plantio”, relata. “Muito parecido com o ano passado, quando a semeadura ganhou força somente em outubro”, adverte. Além disso, segundo a fonte, a atuação do La Niña na temporada 2020/21 também preocupa, pois traz clima seco para a região Sul do país.
Por enquanto, a falta de umidade ainda não afeta na expectativa de rendimento para a safra 2020/21. “A previsão ainda é boa, em torno de 3.700 quilos por hectare”, frisa. Para ser mais preciso, estava em 3.685 quilos por hectare no último relatório do Deral. Na temporada 2019/20, a produtividade ficou estimada em 3.800 quilos por hectare.
Segundo a última estimativa de Safras & Mercado, a área no Paraná deve somar 5,6 milhões de hectares, com rendimento médio de 3.720 quilos por hectare. Na temporada passada, foram plantados 5.560 milhões de hectares, com 3.780 quilos por hectare de média.
Por Agência Safras