O diretor de Crédito e Financiamento do Ministério da Agricultura, Wilson Vaz Araújo, afirmou que a emenda do teto de gastos do governo dificulta a renegociação de dívidas rurais, pois falta dinheiro e espaço no orçamento para isso.
Segundo ele, qualquer medida de refinanciamento de débitos atualmente tem sido bancada com os R$ 9,9 bilhões que a pasta conseguiu para aplicação no Plano Safra. Esse dinheiro, a princípio, seria usado apenas para equalização de juros nos diversos programas e linhas de crédito. Mas como há falta de recursos, os mecanismos para atender produtores endividados são pagos com esses valores e diminuem o volume disponível para crédito.
“Qualquer pauta de renegociação de dívidas do setor rural altera o Plano Safra, sai desse orçamento. E sair desse orçamento significa alteração na disponibilidade de recursos para safra”. Segundo ele, as medidas recentes anunciadas para café e arroz, com alongamento de vencimento de parcelas, custou ao orçamento do Plano Safra cerca de R$ 600 milhões. O tema é debatido em audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.
Por Rafael Walendorff